A produção de energia das usinas térmicas movidas a biomassa cresceu 10,5% nos três primeiros meses deste ano na comparação com mesmo período do ano passado, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). No período, a geração foi de 722,6 MW médios, acima dos 654,2 MW médios de 2015.
A capacidade instalada das usinas movidas à biomassa do Sistema Interligado Nacional (SIN) também expandiu-se, chegando a 11,5 GW em março, o que corresponde a um aumento de 9,7% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a capacidade era de 10,5 GW.
Conforme o boletim InfoMercado mensal, elaborado pela CCEE, somente em março a geração foi de 1.077 MW médios, com destaque para o desempenho de São Paulo, que segue como principal produtor de energia proveniente de biomassa. As usinas paulistas entregaram 481 MW médios, o equivalente a 44,7% de toda a geração da fonte no SIN. Mato Grosso do Sul, Bahia e Paraná aparecem na sequência, com 275,7 MW médios, 61,9 MW médios e 59 MW médios gerados, respectivamente.
Na análise a partir da capacidade instalada, o estado de São Paulo (5.166 MW) também é o principal destaque, seguido por Mato Grosso do Sul (1.830 MW), Minas Gerais (1.177 MW) e Goiás (1.034 MW).
Ainda segundo a CCEE, o bagaço de cana foi o combustível mais utilizado na geração das usinas movidas à biomassa. O material representou cerca de 80% do total, com 858,9 MW médios. Na sequência, aparecem o licor negro, com 13% (141 MW médios), e o biogás proveniente de resíduos sólidos urbanos, com 3% do total (32 MW médios).
Em março, 244 plantas movidas à biomassa, em funcionamento, estavam cadastradas na CCEE, frente às 229 instalações registradas no mesmo período de 2015.