Economia

Dólar sobe em linha com exterior e termina no maior nível desde abril de 2005

Após uma sessão volátil, o dólar terminou em alta nesta segunda-feira, 8, acompanhando a tendência de valorização da moeda no exterior, após uma série de dados negativos na Ásia e na Europa, que prejudicam o apetite por risco. Nem mesmo um leilão de linha realizado pelo Banco Central e o saldo positivo na balança comercial no começo de dezembro foram suficientes para deter o avanço da divisa norte-americana, que terminou no maior nível desde 15 de abril de 2005.

O dólar à vista no balcão terminou a sessão cotado a R$ 2,6110, uma alta de 0,58%. Ao longo do pregão, oscilou entre a mínima de R$ 2,5890 (-0,27%) e a máxima de R$ 2,6170 (+0,81%). O giro, no entanto, foi bastante contido. Por volta das 16h30, o volume era de US$ 620,18 milhões, segundo dados da clearing de câmbio da BM&FBovespa. No mercado futuro, o dólar para janeiro avançava 0,94%, a R$ 2,6285. O giro estava em US$ 10,50 bilhões. A divisa norte-americana também tinha alta ante outras moedas de países emergentes e exportadores de commodities, como o peso mexicano (+0,67%), o dólar neozelandês (+0,78%) e a lira turca (+0,53%).

Os indicadores internacionais divulgados hoje reforçam um sentimento de aversão ao risco. O PIB do Japão no terceiro trimestre foi revisado para queda anual de 1,9%, ante leitura inicial de -1,6%. Na Alemanha, a produção industrial cresceu 0,2% em outubro ante setembro, quando a expectativa era de alta de 0,3%. E na China o saldo comercial saltou para US$ 54,47 bilhões no mês passado, resultado de uma queda de 6,7% nas importações, o que sugere fragilidade do gigante asiático.

O avanço do dólar ante o real ocorreu mesmo após o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Externo (MDIC) informar que a balança comercial brasileira teve superávit na primeira semana de dezembro, após quatro semanas seguidas de saldo negativo. O ganhos nas transações internacionais foi de US$ 398 milhões, mas a balança ainda acumula déficit de US$ 3,825 bilhões neste ano. Já o BC revelou à tarde que a taxa de corte no leilão de linha de até US$ 1 bilhão foi de R$ 2,673874. Os volumes só serão divulgados na próxima semana, nos dados semanais do fluxo cambial.

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