O dólar começou a sessão sintonizado à tendência de queda no exterior, mas passou a exibir viés de alta em meio à espera de uma definição para o Orçamento deste ano. O presidente Jair Bolsonaro afirmou na sexta-feira (16) que deve "bater o martelo" sobre o orçamento nesta segunda-feira, 19. Mais cedo, a moeda americana retomava viés de baixa.
O investidor monitora também o presidente da Câmara, Arthur Lira, que prometeu a investidores em reunião organizada pelo BTG na sexta à tarde, que haverá uma solução sem ruptura para o Orçamento. O prazo limite para a sanção do Orçamento é dia 22, quinta-feira, após o feriado nacional na quarta, que deixará os mercados locais fechados.
Na sexta à tarde, Lira também mostrou otimismo em relação ao andamento das reformas no encontro com investidores, mas o <i>Estadão/Broadcast</i> apurou que o líder não assinou a prorrogação dos trabalhos da comissão mista de reforma tributária.
Qualquer revés na previsão de sanção do Orçamento hoje, em meio a divergências entre o Congresso e a equipe econômica, que recomenda o veto a parte do texto, ou eventual novo ruído político, no entanto, pode trazer pressão de alta à moeda americana. Estão no radar também as pressões da Rússia e da China contra a carne e soja exportados pelo Brasil, que podem mexer com o fluxo comercial do País.
O Banco Central informou nesta segunda que o Índice de Atividade (IBC-Br) subiu 1,70% em fevereiro ante janeiro, com ajuste sazonal, após alta de 1,25% em janeiro (dado revisado). Foi o décimo mês seguido de avanço da atividade econômica brasileira. Como o indicador não captou ainda a piora da pandemia no País a partir de março, que obrigou o fechamento do comércio e indústria em várias cidades do País, o dado é considerado uma boa notícia, mas fica em segundo plano, de acordo com operador de câmbio.
Às 9h43 desta segunda-feira, o dólar à vista caía 0,08%, a R$ 5,5802. O dólar futuro para maio recuava 0,18%, a R$ 5,5835.