A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou nesta segunda-feira, 19, que haverá consequências se o opositor russo Alexei Navalny morrer na prisão. No fim de semana, partidários do ativista convocaram protestos para exigir sua libertação em Moscou, em meio a temores sobre sua saúde. O oposicionista do presidente da Rússia, Vladimir Putin, foi detido pelo Kremlim em janeiro, ao retornar ao país após ter se recuperado de um envenenamento. Na semana passada, ele iniciou uma greve de fome.
Nos últimos dias, as tensões entre os Estados Unidos e a Rússia cresceram. Em 15 de abril, Washington impôs sanções a Moscou que proíbem instituições financeiras americanas de comprar diretamente novos títulos da dívida soberana russa. O governo de Joe Biden acusa os russos de interferir na eleição presidencial de 2020.
Em um discurso na semana passada, o líder da Casa Branca afirmou que poderia tomar novas medidas caso a Rússia continuasse, segundo avaliação dele, a interferir na democracia americana.
"Não podemos permitir que uma potência estrangeira interfira impunemente em nosso processo democrático", declarou o democrata na ocasião.
Na coletiva desta segunda-feira, Psaki confirmou que o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, conversou nesta data com o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolay Patrushev.
Segundo a porta-voz, os dois destacaram a importância de manter um diálogo a fim de normalizar as relações bilaterais.