Os juros futuros começaram a terça-feira, 28, em alta, reagindo ao Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e à percepção de que a Selic não deve começar a ser cortada tão cedo, segundo um operador. As atenções estarão agora para a primeira entrevista coletiva do novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn (11 horas) e sobre o que ele poderá mencionar também a respeito da mudança de perspectiva externa com o Brexit, a decisão dos britânicos de sair da União Europeia.
No documento desta terça, o BC reforça que a inflação em 12 meses ainda é elevada e reitera que não trabalha com a hipótese de flexibilização monetária. Segundo o economista-sênior do Haitong, Flávio Serrano, a alta do DI de curto prazo é uma “correção após a hipótese de que o BC adiaria a convergência” da inflação para o centro da meta. Ele avalia, no entanto, em entrevista ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado), que a Selic em 14,25% deve durar, no máximo, até a reunião de agosto do Copom.
Às 9h22, o DI para janeiro de 2017 estava em 13,780%, de 13,650% no ajuste de segunda-feira. O DI para janeiro de 2018, o mais negociado, exibia 12,66%, de 12,53%. O DI para janeiro de 2021 estava em 12,16%, de 12,23% no ajuste anterior, acompanhando o movimento de queda do dólar ante o real.