A Oi manterá todos os investimentos previstos pela companhia neste ano, mesmo após o anúncio do pedido de recuperação judicial, conforme afirmou o diretor de Varejo, Bernardo KosWink. O executivo não revelou os montantes dos investimentos, mas disse que os aportes no acumulado do primeiro semestre já serão maiores do que no mesmo período do ano passado. No primeiro trimestre de 2016, o capex foi de R$ 1,2 bilhão, 22% a mais do que no mesmo período do ano passado, conforme dados do último balanço.
“A vida operacional continua normal”, disse KosWink, em entrevista coletiva à imprensa durante Congresso realizado pela Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA). Ele frisou que não houve qualquer alteração nas metas ou nos orçamentos das operações de nenhum departamento da operadora.
Até aqui, a empresa também não registrou nenhuma diminuição nas vendas de seus serviços devido ao noticiário envolvendo a recuperação judicial, segundo ele. “Orientamos os nossos colaboradores a explicar que o processo se refere à negociação com credores e não afeta em nada a vida dos consumidores”, explicou.
Combos
Durante sua apresentação à imprensa no Congresso ABTA, KosWink explicou que a estratégia da empresa tem como um dos pilares o reforço dos serviços convergentes, ou seja, os combos que reúnem telefonia fixa, móvel, banda larga e TV por assinatura.
A companhia anunciou que atingiu 320 mil clientes em seu pacote Oi Total, que integra todos os serviços citados. O pacote foi lançado em agosto do ano passado para testes e largamente anunciado aos consumidores só a partir de março.
Segundo a empresa, a meta é atingir 1 milhão de clientes até dezembro. Para isso, a operadora passará a oferecer um ponto adicional e aumento da banda larga a partir dos planos intermediários.
“Estamos fazendo mais de 80 mil instalações por mês do Oi Total. E cerca de 20% deles são clientes novos, que não tinham nenhum relacionamento anterior com a Oi”, contou o diretor.
A Oi também anunciou nesta quarta-feira que entrará no segmento de TV por assinatura pré-paga, com recargas que podem ser feitas a cada 15 ou 30 dias, em planos a partir de R$ 29,90 e R$ 54,90, respectivamente. A recarga poderá ser feita por meio de cartão de crédito, saldo de créditos do telefone e compra de cartões de recarga vendida em pontos comerciais, como bancas e supermercados.