Em meio a um declínio acentuado nos rendimentos dos Treasuries desde o fim do ano passado, o Escritório de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos (CBO, na sigla em inglês) revisou para baixo as suas projeções para o custo que o governo terá com o serviço da sua dívida.
O fardo desse passivo continuará crescendo entre agora e 2049, mas não de forma tão acelerada como previsto anteriormente pela agência.
No seu relatório orçamentário anual, o CBO projeta que os yields (retornos) da T-note de 10 anos subirão de 2,9% no fim de 2018 para 3,8% em 2029 e 4,6% em 2049, um degrau abaixo da projeção de junho do ano passado, de que as taxas alcançariam 4,8% em 2049.
Taxas de juros mais baixas do que o esperado para os próximos anos significam que uma fatia menor dos gastos do governo será dedicada ao serviço da dívida federal.
O CBO espera que pagamentos da dívida, que representam a porção do orçamento federal que cresce mais rapidamente, subirão de 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 para 3% em 2029 e 5,7% em 2049, abaixo da estimativa de 2018 de 6,3% em 2049.
Mesmo com essas revisões, projeta-se que a dívida federal continue a sua marcha ascendente, impulsionada por gastos mais altos com seguridade social e os programas de saúde pública Medicare e Medicaid.
O relatório prevê que a dívida federal total aumentará de 78% do PIB em 2019 para 92% do PIB em 2029 e 144% do PIB em 2049, que seria, de longe, a cifra mais alta na história do país.