Apesar do aumento da popularidade, a aprovação do governo Jair Bolsonaro na área ambiental caiu 11 pontos de abril de 2019 a setembro deste ano. De acordo com pesquisa do Ibope realizada a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o índice de pessoas que reprovam o governo na gestão do meio ambiente é de 57%. A aprovação, por outro lado, é de 37% no levantamento. Em abril, era de 48%.
Entre dezembro de 2019 e setembro de 2020, a aprovação do governo nessa área variou de 40% para 37%, no limite da margem de erro. Como houve uma oscilação para baixo, é mais provável que a avaliação da administração de Bolsonaro no meio ambiente tenha caído em nove meses. O Ibope consultou 2 mil pessoas em 127 municípios no período de 17 a 20 de setembro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
Nos últimos meses, houve avanço inédito das queimadas na Amazônia e no Pantanal. Investidores estrangeiros, ruralistas e ambientalistas pressionam o governo a dar respostas contra a destruição das florestas. Apesar disso, o presidente Jair Bolsonaro tem minimizado a crise. Em discurso na Assembleia-Geral das Organizações das Nações Unidas (ONU), o presidente atribuiu a índios e caboclos a disseminação do fogo e disse haver uma "campanha brutal de desinformação" contra o Brasil.
<b>Futuro</b>
O Ibope também perguntou às pessoas sobre o futuro do governo Bolsonaro. Para 36%, o restante da gestão será ótima ou boa. Para 30%, será negativa (ruim ou péssima). No combate ao desemprego, o governo é aprovado por 37% dos entrevista, uma oscilação negativa em relação ao índice de dezembro do ano passado, de 41%.