O dólar segue em alta nesta quarta-feira, 3, no mercado doméstico, após três dias de ganhos acumulados, ainda refletindo cautela com o calendário da reforma da Previdência, segundo operadores desses mercados.
Há pouco, o dólar ante o real bateu mínimas, enquanto o índice DXY do dólar perdeu força no exterior, reagindo à geração de 102 mil empregos em junho nos Estados Unidos, abaixo da previsão de +135 mil vagas.
Esses dados têm relevância antes do relatório oficial do mercado de trabalho, o payroll, esperado para sexta-feira. A expectativa é de que o payroll poderá consolidar as apostas de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em sua próxima reunião nos dias 30 e 31 de julho, além de guiar as expectativas sobre um possível ciclo de afrouxamento monetário no país.
Às 11 horas está prevista uma reunião fechada convocada pelo presidente da Comissão Especial, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), para definir uma data para se votar o relatório da reforma previdenciária, lido na terça-feira. Se houver acordo, a ideia é dar início à votação, às 15 horas, do parecer do relator Samuel Moreira (PSDB-SP). Do contrário, a votação poderá ficar para quinta-feira.
Segundo parlamentares, o relator não acatou alguns pedidos e, por isso, deputados querem agora mais tempo para avaliar a nova versão. Isso gera risco de a votação na Comissão ser concluída apenas na semana que vem, atrasando o calendário previsto pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que queria concluir os trabalhos na Comissão até esta sexta-feira para garantir a votação no plenário antes do recesso parlamentar, no dia 18.
Às 9h26, o dólar à vista subia 0,24%, a R$ 3,8643. O dólar futuro para agosto estava em alta de 0,49%, a R$ 3,8730.
O IBGE informou que o Índice de Preços ao Produtor (IPP) brasileiro, que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, registrou alta de 1,43% em maio. A taxa de abril foi revista de uma elevação de 1,27% para 1,22%. Esses dados ficaram em segundo plano.