Apesar de não ter acordo para iniciar a votação do relatório da proposta da reforma da Previdência nesta quarta-feira, 3, na comissão especial, o presidente do colegiado, Marcelo Ramos (PL-AM), afirmou que vai dar prosseguimento, hoje, à tramitação da proposta no colegiado.
A reunião estava marcada para começar às 13h, mas até por volta das 13h30 não havia quórum para o seu início. Ramos explicou também que, assim que abrir a sessão, irá colocar em análise requerimentos de obstrução: um que pede a retirada da proposta da pauta desta reunião e cinco que querem o adiamento da votação.
O deputado disse, após se reunir com os coordenadores de bancadas no colegiado, que se o relator da proposta, Samuel Moreira (PSDB-SP), quiser apresentar uma complementação de voto, ou seja, novos ajustes, poderá fazê-lo também. Mas fontes ouvidas pelo Broadcast Político afirmaram acreditar que Moreira não fará isso nesta quarta-feira.
Apesar das indicações de que não há condições para votar o relatório, Ramos disse que não irá atrasar essa etapa e que poderá colocar a proposta em análise assim que tiver uma sinalização para isso. Ele avalia, no entanto, que os destaques deverão ser votados em uma segunda sessão, porque não haveria tempo hábil para votar o texto-base e esses dispositivos no mesmo dia.
A jornalistas, Ramos não quis comentar sobre a possibilidade aventada por alguns deputados de se suspender a sessão desta quarta. “Se levarmos em consideração a agenda, a comissão está dentro do seu cronograma”, disse.
A sessão do Congresso marcada para às 15h também pode dificultar o andamento dos trabalhos da comissão nesta tarde. Regimentalmente, quando ela começa, nenhum outra comissão da Câmara e do Senado pode realizar votações. Para que a comissão possa dar início aos trabalhos é necessário a presença de 25 membros.