Economia

Ibovespa sobe 3%, mas não apaga queda mensal

A Bovespa subiu quase 1,5 mil pontos nesta quarta-feira, 7, de uma tacada só e generalizou os ganhos – e de forma superlativa. Assim, retomou os 49 mil pontos, mas não conseguiu ainda apagar as perdas acumuladas no mês. Petrobras teve trégua e subiu mais de 4%, mais por uma recomposição do que por um noticiário alentador.

O Ibovespa terminou a sessão em alta de 3,05%, aos 49.462,91 pontos. Na mínima, 48.006 pontos (+0,01%) e, na máxima, 49.882 pontos (+3,92%). No mês e no ano, acumula retração de 1,09%. O giro financeiro totalizou R$ 7,524 bilhões, segundo dados preliminares.

Apesar da trégua no mercado externo, com alta das bolsas europeias e EUA operando com forte elevação durante todo o dia, os estrangeiros não foram responsáveis pelo movimento de alta da Bovespa: foram vistos na venda, enquanto o local foi às compras, na expectativa pelas medidas fiscais do governo.

O clima no exterior foi positivo hoje. As bolsas europeias subiram em meio às expectativas de medidas de estímulo depois que dados mostraram deflação. Nos EUA, influenciaram os dados do mercado privado de trabalho e a recuperação do preço do petróleo.

Aqui, o pano de fundo foi a perspectiva pelo anúncio de cortes de gastos para este começo de ano, antes da votação do Orçamento no Congresso.

Petrobras, após acordo com credores e ainda com a alta do petróleo, terminou com forte ganho, de 4,84% na ON e 4,08% na PN. Vale e siderúrgicas também se destacaram. Vale ON avançou 3,67% e a PNA, 3,63%.

CSN ON teve ganho de 10,81% e liderou os ganhos do índice, seguida por Gerdau PN (+7,53%) e CCR ON (+7,51%). Usiminas PNA avançou 5,93% e Metalúrgica Gerdau PN, 6,89%.

No setor financeiro, Bradesco PN teve ganho de 3,97%, Itaú Unibanco PN, de 3,62%, BB ON, +4,40%, e Santander unit, +5,59%.

No exterior, o Dow Jones subia 1,15% no fechamento da Bovespa, enquanto o S&P 500 tinha ganho de 1,14% e o Nasdaq, de 1,10%. Após o encerramento dos negócios aqui, saiu a ata do último encontro de política monetária do Fed.

No documento, a instituição afirmou que vários participantes viram situação internacional com risco negativo “importante” e ponderaram que a piora no exterior pode enfraquecer o crescimento nos EUA. Embora o Fed indique que a inflação deve declinar no curto prazo, vários participantes viram o risco de ela persistir abaixo da meta. Os comentários, numa primeira leitura, reforçam a perspectiva de um processo suave de alta de juros nos EUA.

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