O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) avançou 0,38% em dezembro, após subir 1,14% em novembro, divulgou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta quinta-feira, 8. O resultado do indicador ficou dentro do intervalo das projeções do mercado financeiro, que estimavam um avanço desde 0,33% a 0,60%, com mediana de 0,45%, de acordo com as instituições ouvidas pelo AE Projeções.
A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que representa o atacado, subiu 0,30% no mês passado, após avançar 1,44% em novembro. Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), que apura a evolução de preços no varejo, cresceu 0,75% em dezembro, após alta de 0,65% no mês anterior. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI), que mensura o impacto de preços na construção, apresentou alta de 0,08%, contra avanço de 0,44%, na mesma base de comparação.
Com o resultado, o IGP-DI acumulou uma alta de 3,78% em 2014, resultado dentro do intervalo das projeções dos analistas, que estimavam avanço desde 3,72% a 4,00%, com mediana de 3,88%. O último IGP divulgado pela FGV, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), variou 0,62% em dezembro, encerrando o ano com alta de 3,69%. Às 11 horas, a FGV concede coletiva de imprensa sobre o IGP-DI.
O núcleo do IPC-DI de dezembro subiu 0,50%, taxa levemente maior do que a registrada no núcleo anterior, de 0,48%, referente a novembro. O núcleo do IPC-DI é usado para mensurar tendências e calculado a partir da exclusão das principais quedas e das mais expressivas altas de preço no varejo. Ainda de acordo com a FGV, o núcleo acumulou uma alta de 6,17% no ano passado.
Classes de despesa
No âmbito do IGP-DI, o Índice de Preços ao Consumidor – Disponibilidade Interna (IPC-DI) registrou em dezembro aceleração no ritmo de aumento de preços em cinco das oito classes de despesa investigadas. A alta do IPC-DI passou de 0,65% em novembro para 0,75% em dezembro. A maior contribuição partiu do grupo Alimentação (de 0,65% em novembro para 1,06% em dezembro), com destaque para o comportamento do item alimentos prontos congelados, que passou de recuo de 0,55% para alta de 2,69%.
Também apresentaram aceleração os grupos Transportes (de 0,62% para 0,66%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,42% para 0,52%), Vestuário (de 0,46% para 0,72%) e Comunicação (de 0,31% para 0,49%). Nessas classes de despesa, sobressaíram-se as tarifa de táxi (de 0,00% para 8,67%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,16% para 0,24%), roupas (de 0,38% para 0,94%) e tarifa de telefone móvel (de 0,57% para 1,00%).
Os três grupos que diminuíram o ritmo de alta em dezembro foram Habitação (de 0,83% para 0,70%); Educação, Leitura e Recreação (de 1,02% para 0,89%) e Despesas Diversas (de 0,25% para 0,20%), em que destacaram-se a tarifa de eletricidade residencial (de 3,73% para 2,65%), passagem aérea (de 23,41% para 14,70%) e serviço religioso e funerário (de 0,49% para 0,05%).
