Os juros futuros mais curtos e intermediários avançam na manhã desta terça-feira, 26, reagindo ao tom mais duro da ata do Copom, divulgada às 8h30. Já os mais longos estão em leve queda, em linha com o dólar. “A ata mostra que o BC não vê espaço para flexibilizar (a política monetária)”, disse um operador de renda fixa.
O sócio da Laic-HFM Vitor Carvalho observou que a ata deixou clara a preocupação do Banco Central com o andamento do ajuste fiscal. “Achei mais agressiva que o próprio comunicado”, salientou.
No documento, o BC afirma que o “risco de ajuste (fiscal) ser abandonado levaria a custo maior para levar a inflação à meta” e que as medidas de ajuste “são um risco a ser monitorado”. A ata afirma ainda que “o ajuste nas contas públicas pode ter medidas com impactos desfavoráveis para a inflação” e que “não houve consenso sobre velocidade do ajuste das reformas fiscais”.
“A dinâmica inflacionária depende da percepção de melhora das contas públicas”, avalia o documento. O BC também afirma que “a maior persistência inflacionária requer persistência maior da política monetária”
Às 9h27 desta terça-feira, o DI para janeiro de 2017 estava em 13,985%, de 13,940% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2018 exibia 12,88%, de 12,82%. O vencimento para janeiro de 2021 estava em 12,06%, de 12,11% no ajuste de ontem.