A Justiça do Rio de Janeiro determinou à Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) que apresente relatórios com as reclamações sobre a presença de gosto ou cheiros diferentes na água distribuída à região metropolitana da capital fluminense, além das queixas sobre desabastecimento. A decisão foi proferida em ação movida pela Defensoria Pública do Rio junto do Ministério Público do Estado.
Um ano depois da chamada "crise da geosmina", que deixou a água distribuída no Rio com cheiro e gosto de terra, moradores de ao menos 50 bairros relataram no final de janeiro que voltaram a perceber a característica na água distribuída pela companhia estadual.
Tanto a Defensoria quanto a Promotoria acionaram a Justiça, cobrando a apresentação dos relatórios de reclamações feitas à Cedae, incluindo as informações relacionadas ao tempo de resolução e providências adotadas para contornar a situação. As informações serão utilizadas para fixar a extensão da multa que será executada contra a companhia.
A decisão determina ainda que a Cedae deverá informar a metodologia e os critérios de análise de parâmetros de gosto de odor da água entregue aos consumidores, com objetivo de se poder analisar os demais pedidos feitos pela Defensoria e pela Promotoria.
Um dos pedidos visa garantir desconto imediato de 25% nas contas dos clientes da Cedae afetados pela falta de água ou problemas de potabilidade.
Após a divulgação das primeiras reclamações pela imprensa, no final de janeiro, a Cedae afirmou que adotou medidas para eliminar qualquer alteração de gosto e cheiro da água distribuída.