Os juros futuros encerraram em queda nesta sexta-feira, 29, mais expressiva nos vencimentos de médio e longo prazos. O principal vetor para alívio dos prêmios foi o resultado do PIB dos EUA no segundo trimestre, na primeira estimativa. O crescimento anualizado de 1,2% ficou muito aquém da previsão de 2,6% e houve revisão para baixo no resultado do primeiro trimestre, de 1,1% para 0,8%, reforçando no mercado a percepção de que os juros norte-americanos não devem subir no curto prazo, o que elevou o apetite pelo risco por ativos de mercados emergentes.
Ao final da etapa regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2017 (61.890 contratos) fechou na mínima de 13,975%, ante 13,995% no último ajuste. O DI janeiro de 2018 (88.535 contratos) caiu de 12,91% para 12,83%. O DI janeiro de 2021 (81.275 contratos) encerrou na mínima de 11,98%, de 12,08%.
Na avaliação do economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria, os números anunciados foram decepcionantes e devem levar a reduções nas projeções para o crescimento da economia norte-americana em 2016. “Neste contexto, crescem novamente as chances de o Federal Reserve aguardar mais tempo antes de promover um novo aumento dos juros, cenário que tende a sustentar o dólar mais enfraquecido ao menos até o anúncio do PIB do 3º trimestre”, disse, no serviço on line da consultoria.
A agenda local, que trouxe o resultado do setor público consolidado de junho e a Pnad Contínua do segundo trimestre dentro do esperado, não chegou a fazer preço nos negócios, assim como o noticiário em torno da Lava Jato é apenas monitorado pelos investidores. Nesta tarde, saiu a informação de que a Justiça Federal de Brasília tornou réu o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva no inquérito em que ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal por tentar atrapalhar as investigações.