Economia

Transportes puxam alta do IPC-S para 0,37% em julho, aponta FGV

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) acelerou para 0,37% em julho ante 0,26% em junho, informou nesta segunda-feira, 1º, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Na terceira quadrissemana de julho, o IPC-S havia ficado em 0,36%. O indicador acumula altas de 4,89% no ano e de 8,37% em 12 meses.

O IPC-S de julho ficou dentro do intervalo das previsões, de 0,27% e 0,38%, mas acima da mediana das estimativas, de 0,32%, calculada pelo Projeções Broadcast.

Das oito classes de despesas analisadas, quatro registraram acréscimo em suas taxas de variação de preços na passagem da terceira para a quarta quadrissemana de julho. A maior contribuição partiu do grupo Transportes (-0,07% para 0,25%). Também aceleraram a alta os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,68% para 0,85%), Vestuário (-0,15% para 0,18%) e Comunicação (0,15% para 0,17%).

No sentido contrário, registraram decréscimo os grupos Alimentação (0,71% para 0,39%), Educação, Leitura e Recreação (0,72% para 0,71%) e Despesas Diversas (0,64% para 0,49%). A variação dos preços no grupo Habitação manteve a mesma taxa da terceira quadrissemana de julho (0,14%).

Transportes

O grupo Transportes, que avançou de -0,07% na terceira leitura de julho para 0,25% na última quadrissemana do mês, foi o que mais contribuiu para a elevação do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) divulgado pela FGV. Nesta classe de despesa, a FGV destacou o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de -0,88% para 0,22%.

O indicador geral subiu 0,01 ponto porcentual, de 0,36% para 0,37% entre os dois períodos. Na quarta quadrissemana de junho, havia marcado 0,26%.

Entre as outras três classes de despesas que registraram acréscimo em suas taxas de variação, a FGV destacou o comportamento dos itens artigos de higiene e cuidado pessoal (1,20% para 2,14%) em Saúde e Cuidados Pessoais; roupas (-0,43% para -0,01%) em Vestuário, e mensalidade para internet (0,14% para 0,88%) em Comunicação.

Os itens com as maiores influências de alta foram leite tipo longa vida (a despeito da desaceleração de 15,74% para 15,33%), feijão carioca (apesar de a taxa ter caído de 32,26% para 21,72%), plano e seguro de saúde (que manteve a mesma variação de 1,05% do período anterior), perfume (1,63% para 3,33%) e feijão preto (mesmo tendo reduzido a taxa de 34,41% para 30,09%).

Já os cinco itens com as maiores influências de baixa foram batata inglesa (-10,56% para -19,96%), tarifa de eletricidade residencial (-1,22% para -1,88%), cebola (apesar de a deflação ter recuado de -33,99% para -32,53%), mamão papaya (a despeito de a taxa ter aumentado de -38,73% para -30,14%), manga (mesmo tendo a deflação diminuído de -31,08% para -30,06%).

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