A Previ, maior fundo de pensão do País, contabilizou um patrimônio total de R$ 168,1 bilhões nos primeiros sete meses. Mesmo diante de um cenário econômico mais conturbado, a fundação informou que bateu a meta atuarial prevista para o período e conseguiu reduzir em R$ 1,5 bilhão o déficit em relação ao resultado de dezembro, que agora soma R$ 14,5 bilhões.
A melhora no resultado é fruto principalmente do bom desempenho da carteira de renda variável, que em 2015 sofreu com a performance negativa da maioria das empresas brasileiras negociadas em Bolsa.
No Plano 1, que concentra 95% dos ativos, a fundação conseguiu garantir uma rentabilidade acumulada de 11,02%, acima da meta atuarial de 8,82% fixada para o período. O porcentual não leva em consideração a valorização de participações acionárias em blocos de controle da Previ, como a fatia na Vale, Neoenergia e Invepar, que são avaliadas a valor econômico e, portanto, só são contabilizadas no balanço fechado do ano.
Pelos cálculos da Previ, a rentabilidade prévia do segmento ficou na casa dos 13%.
O destaque na carteira de renda variável veio dos ganhos obtidos com os papéis preferenciais da Petrobrás, que apresentaram rentabilidade acima de 77% e engordaram o patrimônio da fundação em R$ 1,8 bilhão. Com alta de 46% na Bolsa, a participação das ações ordinárias do Banco do Brasil na carteira do fundo elevou o patrimônio em R$ 1,6 bilhão. Já a aplicação em papéis ordinários da CPFL Energia gerou ganhos de R$ 2,4 bilhões.
“O desempenho dos planos da Previ, em especial o Plano 1, tem sido pontualmente afetados pela conjuntura econômica local e global, com muitas oscilações. Os fundamentos das nossas políticas de investimentos são bons e os ativos que temos nas carteiras, consequentemente, são sólidos e resilientes, entregando os resultados ao longo do tempo”, diz em nota o presidente da Previ, Gueitiro Genso.
Já no Previ Futuro, a fundação teve rentabilidade de 16,83%, quase o dobro da meta e ampliou em R$ 1,7 bilhão seu patrimônio até julho. “O Previ Futuro, que tem todos os seus ativos (de renda variável) negociados na Bolsa, apresentou rentabilidade de cerca de 30%, alinhada ao desempenho do IBrX.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.