Economia

Importação de produtos químicos cai 8,8% e soma US$ 2,8 bi em julho, diz Abiquim

As importações de produtos químicos totalizaram US$ 2,8 bilhões em julho, com redução de 8,8% na comparação com junho e de 27,6% ante igual mês de 2015. Em volume, as compras externas recuaram 15,6%, no mês, totalizando 2,9 milhões de toneladas, com retração de 16% na comparação anual. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).

As exportações, por sua vez, somaram US$ 1 bilhão, o que representa elevação de 1,2% frente a junho, mas retração de 19,7% em relação a julho de 2015.

No acumulado deste ano, as compras externas alcançaram US$ 19 bilhões, o que representa uma queda de 16,5% em relação ao mesmo período de 2015. Desde 2010, é a primeira vez que o valor importado não supera a marca de US$ 20 bilhões no período de janeiro a julho, diz a Abiquim.

O volume de importações, de 20,1 milhões de toneladas, entretanto, é 5,1% maior, na mesma comparação.

As exportações, por sua vez, somaram US$ 6,9 bilhões, com queda de 9,5% em relação ao mesmo período de 2015, apesar do aumento de 5,4% nos volumes exportados, que foram superiores a 9,5 milhões de toneladas.

Com esses resultados, o déficit na balança comercial de produtos químicos chegou até julho à marca de US$ 12,1 bilhões, uma retração de 20% ante o mesmo período de 2015.

No período de agosto de 2015 a julho deste ano, o déficit comercial atingiu a marca de US$ 22,4 bilhões. Desde o fim de 2013, quando o déficit em produtos químicos foi recorde de US$ 32 bilhões, são observadas reduções desse indicador.

O presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, diz que restabelecer o Reintegra a níveis adequados para eliminar os resíduos tributários existentes nos produtos exportados é importante para que a indústria química melhore a competitividade no mercado internacional.

“Recentemente, o Conselho Diretor da Abiquim apresentou ao presidente Michel Temer e ao ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, a Agenda do Setor Químico 2016-2018 apontando as demandas setoriais prioritárias para fomentar a competitividade do setor e a recuperação da economia nacional”, diz Figueiredo.

“O Reintegra é, assim como o preço do gás natural para uso como matéria-prima e a garantia dos recursos necessários ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a continuidade dos financiamentos e empreendimentos industriais, indiscutivelmente um dos pontos que devem ser tratados com urgência para agilizar a retomada do crescimento”, acrescenta.

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