O dólar terminou em alta nesta quinta-feira, 21, após uma sessão bastante volátil, na qual a moeda oscilou em margens estreitas durante quase todo o dia, acelerando nos últimos minutos. No exterior, a divisa norte-americana devolveu terreno de maneira generalizada hoje, após os ganhos de ontem motivados por uma ata mais conservadora do Federal Reserve. Internamente, porém, a saída de recursos na reta final dos negócios acabou determinando a alta.
O dólar à vista no balcão terminou a sessão cotado a R$ 2,2660, um avanço de 0,27%, após oscilar entre a mínima de R$ 2,2520 (-0,35%) e a máxima de R$ 2,2680 (+0,35%). Por volta das 16h30, o giro estava em US$ 1,508 bilhão, segundo dados da clearing de câmbio da BM&FBovespa. No mercado futuro, o dólar para setembro ganhava 0,15%, a US$ 2,2730. O volume de negócio era de quase US$ 14,29 bilhões.
No exterior, porém, o dólar perdeu terreno ante outras moedas emergentes e de países exportadores de commodities, como na comparação com o rublo russo (-0,92%), o dólar neozelandês (-0,39%) e o peso mexicano (-0,16%). O índice ICE Dollar, que pesa a divisa norte-americana ante uma cesta de seis principais rivais, caía 0,09%, aos 82,15 pontos.
Ontem, o dólar subiu 0,40% em relação ao real no mercado spot, após o Fed revelar na ata da sua última reunião que um progresso rápido na economia poderia levar a um “aperto antecipado” nas condições monetárias”. Agora, a expectativa é que Yellen use seu discurso em Jackson Hole para “temperar” um pouco as expectativas, o que deixou o mercado instável.
Hoje, na reta final do pregão, profissional do mercado citou um fluxo de saída de recursos do País. O giro, que no mercado à vista estava fraco até o meio da tarde, melhorou perto do fim da sessão.
Segundo alguns operadores, o real também pode ter sido beneficiado pelo cenário político, após a candidata Marina Silva (PSB) reassumir o compromisso com o tripé macroeconômico, formado pelo câmbio flutuante, metas de inflação e superávit primário.