Tudo indicava que a sessão desta quinta-feira, 21, interromperia a sequência de ganhos da Bovespa, com um movimento de realização de lucro após cinco pregões de alta, baseada principalmente na valorização dos papéis da Petrobras. Entretanto, o sinal positivo vindo do exterior colaborou e a Bolsa conseguiu fechar com leve avanço após uma sessão bastante volátil, contando com o apoio do desempenho do setor bancário.
O Ibovespa fechou em alta de 0,19%, aos 58.992,11 pontos, maior patamar desde 5 de fevereiro (59.444,97 pontos). Na mínima, registrou 58.558,19 pontos (-0,54%) e, na máxima, 59.207,06 pontos (+0,56%). No mês, acumula ganho de 5,67% e, no ano, de 14,53%. O giro financeiro totalizou R$ 6,35 bilhões. Itaú (+0,58%) e Bradesco (+1,33%), que têm forte peso no índice, ajudaram.
Só nas quatro sessões anteriores, Petrobras ON havia acumulado variação de +15,10% e a PN, de +14,83%. Hoje, terminaram em queda de 0,10% e 0,28%, respectivamente, acumulando, em agosto, +11,73% e +11,52%. Já a Vale perdeu 0,66% nas ações ordinárias e 0,39% nas preferenciais, pressionada por indicadores negativos sobre a economia da China, maior consumidora de commodities industriais do mundo.
O jogo eleitoral continua sendo monitorado de perto pelos agentes. Além da confirmação, ontem à noite, do nome de Marina Silva como candidata do PSB no lugar de Eduardo Campos, o até então coordenador da campanha, Carlos Siqueira, deixou o cargo e se recusa a trabalhar com Marina. Por enquanto, o mercado ainda está embalado na possibilidade de segundo turno, e, no caso de a disputa ser entre Dilma e Marina, a equipe econômica de Marina é que está sustentando as ordens de compras.
Nos EUA, o S&P subiu 0,29%, aos 1.992,37 pontos, renovando seu patamar recorde. O Dow Jones teve ganho de 0,36%, aos 17.039,49 pontos, e o Nasdaq avançou 0,12%, aos 4.532,10 pontos. Os dados hoje por lá mostraram uma economia mais firme, como os pedidos de auxílio-desemprego, que caíram caiu 14 mil na semana encerrada em 16 de agosto. Já o índice de atividade dos gerentes de compra (PMI) industrial de agosto subiu a 58, de 55,8 em julho.