Estudantes do campus Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) completam nesta quarta-feira 14 dias de greve com a reivindicação de melhor infraestrutura para os estudos. Como protesto, todos os alunos aderiram à paralisação. Em assembleia entre representantes da entidade e alunos realizada na tarde de ontem, na Capital, não houve progresso nas negociações.
A Reportagem esteve no campus e pode constatar que há, no local, diversas faixas que expressam pedidos de qualificação do acervo da biblioteca, transporte entre Itaquera e o Bairro dos Pimentas, redução do valor cobrado pelas refeições e construção de moradia estudantil próximo ao campus, entre outros itens solicitados.
De acordo com uma aluna que preferiu não se identificar, antes de optarem pela greve as aulas estavam sendo ministradas nas instalações do CEU – Pimentas. Ela ainda afirma que promessas por melhor infraestrutura no local já completaram três anos. "Este novo espaço deveria ser entregue em 2007 e até agora nada. Não temos espaço físico adequado para estudarmos e também pleiteamos a construção de moradias estudantis próximo da universidade. Sou de Taubaté e moro em uma república", declara.
A estudante do curso de Filosofia Deborah Guimarães, 20 anos, esperava hoje à tarde uma definição por parte da Unifesp. "A decisão deve sair durante a manifestação programada para esta terça-feira (ontem). Representantes da universidade apenas dizem que não tem previsão para solucionar os problemas apresentados. Como as salas estão fechadas os alunos vêm ao campus apenas para participar e se interar sobre os protestos", destaca Deborah.
A Reportagem entrou em contato com o diretor acadêmico do Campus Guarulhos da Unifesp, o professor Marcos Cezar de Freitas, para esclarecimentos sobre possíveis soluções para melhorias das instalações do campi, mas não obteve resposta. O Governo Municipal também foi questionado a respeito das aulas ministradas no Centro Educacional Unificado (CEU). No entanto, não houve retorno até o fechamento desta edição.