Economia

Motorola surpreendeu ao voltar à liderança

Uma prova de que o mercado de smartphones brasileiro ainda permite muita dança e contradança é o caso da Motorola. A empresa andava apagada no cenário local, a exemplo do que acontecia em outros mercados, como o norte-americano. No ano passado, a Motorola, que havia sido comprada pelo Google em 2011, foi vendida pelo gigante de buscas ao conglomerado chinês Lenovo por um quarto do preço de compra.

Um aparelho lançado em novembro de 2013, parte de uma linha projetada quando a empresa ainda fazia parte do Google, mudou tudo isso. Era o Moto G, que ofereceu especificações de processamento, tela e câmera por R$ 699, preço muito competitivo em relação a celulares com configuração semelhante. Com isso, o Moto G se tornou em alguns meses o modelo mais vendido da história da fabricante, superando até o clássico StarTac, sucesso da década de 90 da empresa.

“Vínhamos sendo surrados pesadamente, mas isso se reverteu”, disse, em maio, ao jornal O Estado de S. Paulo o presidente mundial da Motorola, Rick Osterloh. De acordo com o executivo, a empresa crescia na época a um ritmo duas vezes mais rápido que a indústria, 61% contra 29%.

Em julho, o aparelho continuava com seu ótimo desempenho, quase um ano depois do lançamento em várias partes do mundo. Segundo dados da Amazon, o aparelho seguia como líder de vendas em Alemanha, Espanha, França, além do Reino Unido. Nos Estados Unidos e na Itália, ficava com a segunda colocação.

Os próximos meses devem continuar agitados nesse mercado, graças aos movimentos de duas empresas chineses que passaram a produzir smartphones há poucos anos.

A primeira é a Lenovo, que já conseguiu alcançar a quarta posição de vendas globais, ficando atrás apenas de Samsung, Apple e Huawei. A segunda é a Xiaomi, que tem como vice-presidente global o brasileiro Hugo Barra. A empresa promete chegar ao País este ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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