Após o clima de violência registrado nos últimos dias na Escola Estadual Pedro Morceli, no Jardim Angélica, que culminou com o furto de computadores da sala de informática na noite do último domingo, pais e alunos apontam a falta de ronda escolar na unidade de ensino. Diante do episódio, a Diretoria Regional de Ensino solicitou reforço da Ronda Escolar e registrou Boletim de Ocorrência. Logo na entrada, a equipe de reportagem do HOJE registrou uma funcionária da limpeza tirando machas de pichação do muro da escadaria, que dá acesso à secretaria da escola. Este é só um dos motivos, pelos quais os pais de alunos solicitam mais segurança.
A recepcionista, Fátima de Oliveira, de 40 anos, não deixou a filha, estudante do primeiro ano, ir para escola porque está com medo da onda de violência. "Tem que ter mais segurança para eu ficar tranquila em deixar minha filha vir para a escola". A mãe também admite que é raro ver as viaturas da ronda escolar. De acordo com a Guarda Civil de Guarulhos, viaturas oferecem reforço para a segurança escolar diariamente, pois estão sempre em patrulha na região. Os policiais da Guarda Civil só não podem entrar na escola, porque trata-se de uma unidade estadual. A Polícia Militar não se pronunciou.
Mães de alunos também relataram que uma carta foi deixada na escola com ameaças de que as cenas de Realengo, do Rio de Janeiro, poderiam se repetir na EE Pedro Morceli. Em nota, a Secretaria de Estado da Educação afirma que a alegação do bilhete contendo ameaças não procede. A administração da unidade reuniu na terça-feira o corpo docente para traçar um plano de ação.
