O dólar fechou perto da estabilidade ante o real nesta sexta-feira, 2, em meio a discussões sobre possíveis consequências do relatório de emprego dos Estados Unidos de agosto para o futuro da política monetária norte-americana. O dólar permaneceu em viés de baixa ante o real durante grande parte da tarde, mas passou a flertar com território positivo nos minutos finais do pregão, com a cautela antes do fim de semana prolongado nos Estados Unidos.
No mercado à vista, o dólar negociado no balcão fechou em leve queda de 0,02%, aos R$ 3,2505. Na máxima, registrada logo no início do pregão, a divisa chegou aos R$ 3,2696 (+0,56%). Já a mínima foi de R$ 3,2259 (-0,79%). Na semana marcada pelo impeachment de Dilma Rousseff, o dólar registrou queda de 0,54%. No segmento futuro, o contrato de dólar para outubro perdeu 0,06%, aos R$ 3,2840, com giro de US$ 13,636 bilhões.
Ao longo do dia, se por um lado, a baixa do dólar foi direcionada pela percepção de que o Federal Reserve deve esperar até dezembro para voltar a elevar juros. Por outro, persiste a leitura de que a economia dos Estados Unidos já conseguiria arcar com um aperto em setembro, o que limitou o enfraquecimento do dólar.
De acordo com os números publicados nesta sexta, os novos postos de trabalho somaram 151 mil nos EUA em agosto, uma desaceleração em relação aos 275 mil de julho e 271 mil de junho. O resultado também ficou abaixo da projeção de especialistas ouvidos pelo Wall Street Journal de 180 mil.
Lá fora, o Dollar Index, que registra a cotação da divisa norte-americana contra moedas fortes, avançava 0,22% no final da tarde. Por outro lado, a perda do dólar era quase generalizada frente a moedas de países emergentes.