O apetite por risco no mercado internacional é influência positiva para o mercado acionário brasileiro e o Índice Bovespa abriu em alta nesta segunda-feira, 5, ainda que de maneira cautelosa, frente ao cenário ainda repleto de incertezas. A bolsa brasileira também tem o desafio de sustentar alguma recuperação ao longo dos próximos dias e interromper uma sequência de quedas que já dura cinco semanas consecutivas.
De acordo com Alvaro Bandeira, economista-chefe do Modalmais, a semana começa positiva basicamente por duas questões: a expectativa de alta hospitalar do presidente americano, Donald Trump, e os dados de atividade econômica na Europa que em sua maioria vieram acima das estimativas. Por outro lado, afirma, o investidor segue sensível ao cenário doméstico, principalmente depois do episódio da "lavagem de roupa suja" na sexta-feira (2) entre os ministros do Desenvolvimento Regional, Paulo Marinho, e da Economia, Paulo Guedes, acerca do teto de gastos.
Na sexta-feira, o Ibovespa registrou queda de 1,53% e acumulou perda de 3,07% na semana, chegando aos 94.015 pontos, menor nível de fechamento desde 16 de junho (93.513 pontos) e de volta a um suporte gráfico importante, abaixo do qual analistas veem maior risco de uma correção mais forte.
Nesta manhã, os índices da bolsa de Nova York operam em alta, assim como as bolsas europeias. Entre os indicadores positivos na Europa estão vendas no varejo na zona do euro, que subiram 4,4% em agosto ante julho, muito acima da previsão, que era de alta de 2,5%. Outro destaque na região foi o índice de gerentes de compras (PMI) composto da Alemanha, que subiu de 54,4 pontos em agosto para 54,7 pontos em setembro, o ritmo de alta mais rápido desde dezembro de 2017, segundo dados do instituto IHS Markit.
Às 10h44 desta segunda, o Ibovespa tinha alta de 0,22%, aos 94.225,84 pontos. Em Wall Street, o índice Dow Jones subia 0,91%, enquanto S&P500 e Nasdaq avançavam 0,91% e 1,13%, respectivamente.