A inflação percebida pelas famílias de baixa renda registrou alta de 0,20% em agosto, ante aumento de 0,34% em julho, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) divulgado na manhã desta segunda-feira, 5, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre um e dois salários mínimos e meio. Com o resultado, o índice acumulou alta de 5,85% no ano e elevação de 9,29% em 12 meses.
Cinco das oito classes de despesas que integram a inflação percebida entre as famílias de baixa renda contribuíram para a desaceleração no indicador.
As taxas de variação foram menores em Alimentação (de 0,66% em julho para 0,39% em agosto), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,77% para 0,39%), Vestuário (de 0,20% para -0,13%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,71% para 0,27%) e Despesas Diversas (de 0,06% para -0,04%).
Os destaques partiram dos itens arroz e feijão (que diminuiu o ritmo de aumento de 12,99% em julho para 1,26% em agosto), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 2,17% para 0,89%), calçados (de 0,12% para -0,50%), passagem aérea (de 2,97% para -5,71%) e bilhete lotérico (de 15,44% para 0,00%).
Na direção oposta, as taxas foram maiores nos grupos Transportes (de -0,06% para 0,20%) e Comunicação (de -0,15% para 0,05%), onde sobressaíram-se os itens tarifa de ônibus urbano (de -0,37% para 0,43%) e tarifa de telefone móvel (de -0,26% para 0,29%).
O grupo Habitação ficou estável pelo segundo mês consecutivo. A tarifa de eletricidade residencial saiu de queda de 1,93% em julho para redução de 1,37% em agosto, enquanto os eletrodomésticos e equipamentos reduziram a alta de 0,64% para 0,04% no período.
Menor que a média
A taxa do IPC-C1 de agosto foi inferior à inflação média apurada entre as famílias com renda mensal entre um e 33 salários mínimos. O Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-Br) mostrou alta de 0,32% no mês passado. Ambos são calculados pela FGV.
No acumulado em 12 meses, o IPC-C1 ficou em 9,29% em agosto, resultado acima do registrado pelo IPC-BR, que avançou a 8,48% em igual período.