Há menos de 10 anos, a população estava habituada a sair de casa para buscar o resultado de um exame de sangue no balcão do laboratório. Para pagar a escola das crianças, os pais aguardavam pacientemente o boleto chegar pelo correio. E para reclamar sobre algum serviço, muitos ficavam horas telefonando para o SAC e aguardando sua vez de falar, enquanto ouviam uma irritante música ao fundo.
Situações como essas ficaram para trás com a era digital, que encurtou a distância, aproximou as pessoas e facilitou a vida da população. Ao mesmo tempo, tornou o consumidor mais exigente – e impaciente. As empresas que ainda não conquistaram seu espaço digital estão ficando para trás, principalmente porque os consumidores não têm mais tempo a perder com elas.
Para acompanhar esse cenário, as administradoras de condomínio estão evoluindo seu modelo de atuação. A Habitacional, por exemplo, desenvolveu um aplicativo chamado Habitacional Digital, onde os moradores podem acompanhar todas as atividades do condomínio onde moram e obter as informações que lhes interessam pelo celular, sem a necessidade de sair de casa ou interfonar para o síndico.
“A transformação digital está presente em todos os mercados, e no setor imobiliário não é diferente. As administradoras já entenderam que precisam ser ágeis para resolver pendências de forma rápida e eficiente, evitando conflitos”, afirma Fernando Fornícola, presidente da Habitacional.
Ele conta que o app foi desenvolvido para que o morador tenha acesso fácil às informações financeiras, como boletos, além de alterar seu cadastro sem perda de tempo. Já o síndico pode acessar informações sobre gastos, fluxo de caixa, contas e comprovantes de pagamento, tornando seu trabalho menos burocrático e cansativo. “Com o aplicativo, os processos ficam mais organizados e há uma economia de tempo para o síndico”, revela Fornícola.
Segundo o executivo, muitos pensam em transformação digital como um filme de ficção científica, prestes a acontecer. “No entanto, essa é uma visão errada. Já vivemos esse futuro hoje e as empresas que não se reinventarem, perderão espaço”, finaliza ele.