O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da Fundação Getulio Vargas subiu 1,1 ponto em agosto ante julho, atingindo 90,2 pontos. O índice alcançou o maior patamar desde maio de 2011, quando estava em 90,4 pontos, informou a instituição nesta terça-feira, 6.
Segundo a FGV, a sexta alta consecutiva no IAEmp corrobora a manutenção da tendência de arrefecimento no ritmo de queda do pessoal ocupado na economia brasileira nos próximos meses.
Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) recuou 1,0 ponto em agosto ante julho, para 95,8 pontos. Apesar do resultado favorável, a FGV ressalta que esse indicador apresenta ainda uma tendência incerta ao longo de 2016.
“Os dados de agosto reforçam a perspectiva de geração de emprego no futuro com base no crescimento do IAEmp que atingiu níveis próximos aos de 2011. No entanto, o otimismo futuro quanto à geração de postos de trabalho não se reflete no ICD, que ilustra a situação atual do mercado de trabalho, e mostra recuperação mais lenta”, afirmou Fernando de Holanda Barbosa Filho, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Barbosa Filho explica que o patamar elevado ainda do ICD indica que os consumidores não percebem uma melhora imediata do mercado de trabalho. “Com isso, os índices continuam apresentando tendência de elevação da taxa de desemprego no curto prazo e retomada da criação de emprego no médio e longo prazo”, avaliou o pesquisador.
O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho.
O IAEmp, por sua vez, é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.