Transportes e alimentos pressionam inflação da baixa renda em novembro, diz FGV

Os preços dos alimentos seguiram em novembro no papel de vilões da inflação para as famílias de renda mais baixa, mas gasolina e passagens aéreas também pressionaram o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Mais cedo, a entidade informou que o IPC-C1 subiu 0,95% em novembro, depois de uma alta de 0,71% em outubro.

Segundo a FGV, em novembro, seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Transportes (0,29% para 0,90%), Educação, Leitura e Recreação (1,33% para 2,56%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,05% para 0,23%), Habitação (0,28% para 0,39%), Alimentação (2,08% para 2,18%) e Despesas Diversas (-0,01% para 0,11%).

Na classe dos Transportes, os itens passagem aérea (com salto de 27,16%) e gasolina (alta de 2,36%) lideraram a lista de maiores impactos positivos na leitura de novembro do IPC-C1.

Ainda entre os cinco maiores impactos, figuram três alimentos: batata inglesa (32,43% em novembro, ante 15,26% em outubro), tomate (18,81% ante 12,60%) e arroz (5,79% ante 12,74%). Dentro da classe de Alimentação, o segmento de hortaliças e legumes acelerou de 3,91% em outubro para 12,15% em novembro.

O peso maior dos itens relacionados em Alimentação é uma característica do IPC-C1, já que as famílias mais pobres comprometem parte maior de sua cesta de compras com alimentos. O indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos.

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