Economia

Bolsas asiáticas fecham majoritariamente em queda

O sentimento de cautela antes da divulgação do relatório de emprego dos Estados Unidos prevaleceu sobre o otimismo com as novas medidas de estímulo do Banco Central Europeu (BCE), levando grande parte das bolsas da região da Ásia e do Pacífico a um fechamento em queda. A exceção foi a Bolsa de Xangai, que ganhou terreno diante de expectativas sobre esforços adicionais de reforma econômica no país.

A autoridade monetária da zona do euro surpreendeu grande parte dos agentes do mercado ao reduzir a taxa básica de juros para uma nova mínima histórica, de 0,05%, de 0,15% anteriormente. O BCE também ampliou a taxa negativa dos depósitos bancários estacionados na instituição para -0,20%, de -0,10%, e diminuiu a taxa de juros de empréstimo marginal para 0,30%, de 0,40%. Outra grande novidade veio com o discurso do presidente da instituição Mario Draghi, que anunciou o lançamento de dois programas de compras de ativos. A partir de outubro, o banco passará a adquirir títulos lastreados em ativos (ABS, na sigla em inglês) do setor privado não financeiro e um amplo portfólio de bônus cobertos denominados em euros.

Os novos esforços do BCE poderão direcionar fundos para mercados emergentes à medida que os investidores buscam maiores rendimentos. Mas as perdas nos mercados asiáticos sugerem que o foco já mudou para os EUA, onde os dados do relatório de emprego de agosto podem oferecer mais sinais sobre a recuperação econômica do país e o futuro da política monetária do Federal Reserve.

O índice Hang Seng, da Bolsa de Hong Kong, encerrou em baixa de 0,23%, aos 25.240,15 pontos, nesta sexta-feira, limitando o ganho semanal a 2,01%. O índice Kospi, de Seul, perdeu 0,33%, aos 2.049,41 pontos, com perda acumulada na semana de 0,92%. Em Cingapura, o FTSE Straits Times caiu 0,14%, para 3.341,73 pontos, com ganho na semana de 0,44%. O índice Taiwan Weighted registrou queda de 0,22%, aos 9.407,94 pontos, com baixa semanal de 0,30%.

Em Sydney, a forte queda nos preços de minério de ferro continuaram a pesar nas ações de mineradoras e no índice S&P/ASX 200, que fechou em baixa de 0,58%, aos 5.598,70 pontos. Na semana, a perda do índice foi de 0,48%. Entre os declínios mais acentuados da sessão, os papéis da BHP Billiton caíram 1,03%, os da Rio Tinto perderam 1,35% e os da Fortescue Metals despencaram 3,21%

Na contramão, as ações da China terminaram perto do maior nível em 18 meses nesta sexta-feira, impulsionadas por expectativas de que o país deve introduzir mais reformas em uma importante reunião do Partido Comunista em outubro. O índice Xangai Composto terminou com elevação de 0,85%, aos 2.326,43 pontos, o maior valor de fechamento desde 25 de março de 2013. Na semana, o índice de Xangai subiu 4,93%.

O Partido Comunista da China vai realizar a sua quarta sessão plenária em outubro, que abordará questões relacionadas com o Estado de Direito. Os participantes do mercado estão depositando suas esperanças em uma melhora no sistema legal do país, o que daria sustentação para o mercado. O índice Shenzhen Composto subiu 0,40%, para 1.273,68 pontos, com ganho semanal de 5,07%. Com informações da Dow Jones

Posso ajudar?