O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, afirmou nesta segunda-feira, 15, que o adiamento do leilão de energia A-5, para novembro, poderá permitir a entrada no certame de três usinas hidrelétricas. O diretor também reiterou que o cronograma, apesar de apertado, é factível e será cumprido com todas as obrigações legais previstas antes do leilão.
“Foi principalmente devido a hidrelétrica. Apareceu a oportunidade de conseguir a licença de mais três hídricas, porque não teríamos nenhuma. Então a gente achou que valia a pena adiar por um mês”, justificou. Segundo ele, são usinas de médio porte. Uma delas é a de Itaucara e outras duas estão localizadas no Rio Piquiri, no Paraná.
O executivo também reforçou que acredita no cumprimento do prazo do leilão, com as consultas e audiências públicas e estudo das áreas indígenas. “Ninguém vai fazer um leilão sem análise de todas as questões legais. As datas foram marcadas para dar tempo de obter as licenças.”
Em relação à oferta de gás, Tolmasquim considerou ser a “maior incógnita de médio e longo prazo” para o planejamento da matriz energética do País. “Espero que tenha sucesso no leilão, por isso vamos testar a condição de mercado. Se não der, a gente vai achar alguma medida para tornar mais viável a contratação”, afirmou o diretor.
Para o leilão, a previsão é que as áreas da Amazônia sejam mais atrativas, segundo Tolmasquim, em função da disponibilidade de linha de transmissão de gás na região. “A Amazônia é bastante competitiva, acredito que teremos mais de uma. O linhão facilita, pois construir um gasoduto seria inviável. Como o linhão já está pronto, você tem uma possibilidade de transportar esse gás já como energia elétrica. Acho que essa é uma possibilidade bem concreta”, completou.