A Justiça decretou no final da tarde desta terça-feira a prisão preventiva de Mizael Bispo de Souza e Evandro Bezerra da Silva. Eles são apontados como responsáveis pela morte da advogada Mércia Nakashima. Assim que a decisão foi divulgada, a polícia realizou diversas buscas pela cidade em busca do policial militar reformado, mas o paradeiro dele ainda é desconhecido.
O juiz Leandro Jorge Bittencourt Cano, que recebeu a denúncia do Ministério Público, decretou a prisão preventiva dos dois acusados. Segundo a decisão, "é imperativa a decretação de prisão preventiva aos agentes que cometem crime de homicídio qualificado."
O juiz não aceitou a acusação contra Mizael e Silva por ocultação de cadáver, pois entendeu que "a intenção de jogar a vítima na represa não era de ocultar o cadáver, e, sim, de consumar" o assassinato.
Bispo foi acusado de homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima) e Silva foi acusado por homicídio duplamente qualificado (meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima).
O juiz também pediu que a polícia faça "com urgência" as diligências pedidas pelo MP. Entre elas estão a conclusão dos laudos periciais, a reconstituição do crime e a investigação de Altair Bispo de Souza, irmão de Mizael
Samir Haddad Junior, advogado de Bispo, deve solicitar ainda hoje um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo contra o decreto. O defensor considerou a prisão arbitrária e que o juiz Bittencourt não teria competência para aceitar a denúncia. A defesa de Bispo alega que o caso deveria ser julgado na cidade de Nazaré Paulista, local onde o crime foi consumado.
Já o MP afirma que todos os envolvidos no crime moram em Guarulhos, assim como todas as testemunhas, tornando a cidade a Comarca mais correta para o julgamento.
