Policial

Mizael e Evandro devem ser julgados por ocultação de cadáver

A princípio o juiz Leandro Jorge Cano só acatou a denúncia de homício, mas não entendeu que os dois jogaram o corpo na represa para esconder o corpo de Mércia

O Ministério Público da cidade entrou com um recurso contra a rejeição da denúncia de ocultação de cadáver imputada aos acusados Mizael Bispo de Souza Evandro Bezerra da Silva, apontados como responsáveis pela morte da advogada Mércia Nakashima.

No último dia 3, o juiz Leandro Jorge Cano deu parecer favorável a denúncia de homicídio entregue pelo MP, mas não acatou a denúncia por ocultação de cadáver. Na época, o magistrado alegou que o fato de o corpo da advogada ter sido jogado na represa de Nazaré Paulista objetivou matá-la afogada, não ocultar o cadáver.

No recurso, o promotor Rodrigo Merli Antunes sustenta que "pelas circunstâncias apuradas no inquérito policial, o objetivo dos recorridos (Mizael e Evandro) era não só matar a vítima, como também ocultar o seu corpo. Caso contrário, não procurariam esconder os vestígios do crime e todo o corpo de delito, arremessando em local ermo e numa represa profunda, não só a vítima, como também seu automóvel e demais bens pessoais".

As investigações do DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa) apontaram que a vítima foi enganada para ir até o local onde seria morta. Ainda dentro do veículo, ela levou um tiro no maxilar, mas não chegou a morrer com o disparo. Mércia desmaiou e foi jogada dentro do carro que dirigia na represa, onde acabou morrendo afogada. O crime teria acontecido no mesmo dia em que ela desapareceu, no dia 23 de maio. O corpo só seria encontrado 19 dias depois boiando em uma das margens da represa.

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