Policial

Guarda municipal teria matado esposa com tiro acidental

A auxiliar administrativa Ilza de Pádua, 41, foi morta em casa por um tiro de arma de fogo supostamente efetuado pelo marido, na madrugada de ontem, no Jardim Paulista.

O autor do disparo, que teria sido acidental, seria Ocimar de Souza Lima, 47, que atua na Guarda Civil Municipal (GCM) de Guarulhos.

Segundo informações, Ocimar teria acordado com sua esposa afirmando ter ouvido barulhos vindos da garagem. Ao chegar à cozinha, teria se deparado com um vulto e disparado O tiro acabou atingindo a mulher nas costas. Ilza teria se levantado logo após o marido para também verificar o que se passava. A auxiliar administrativa não resistiu e morreu no local.

Ao constatar o acidente, o próprio GCM entrou em contato com a Polícia Militar. Ele foi preso em flagrante por homicídio culposo (sem intenção de matar), mas pagou fiança, no valor de R$ 500,00 e foi liberado.

A ocorrência começou quando Ilza acordou o marido durante a madrugada, por volta da 0h10, assustada com um barulho estranho vindo do lado de fora da casa. Lima levantou-se e pegou seu revólver, um Taurus calibre 38, no guarda-roupas.

Lima disse na delegacia que pediu para sua esposa permanecer no quarto e dirigiu-se ainda no escuro em direção à cozinha. Ao chegar no cômodo, o GCM avistou uma sombra e deu ordem para a pessoa parar. Porém, como não foi atendido, Lima efetuou o disparo e gritou para que Ilza acendesse a luz.

Mas a esposa não respondeu e o guarda correu até seu quarto e constatou que ela não encontrava no local. Com isso, voltou à cozinha e viu Ilza caída atingida pelo disparo nas costas.

O Guarulhos Hoje apurou que a filha do casal, de oito anos, acordou com o disparo e viu a mãe baleada. Assustada, foi levada para a casa de familiares, na própria vizinhança. Lima chamou a polícia que, ao chegar, tentou reanimar Ilza, mas não obteve sucesso.

Fatalidade – Entre os vizinhos, a opinião era unânime. Moradores contam nunca terem visto o casal envolvido em brigas e que Lima era uma pessoa prestativa. Inclusive, tendo até frustrado uma tentativa de assalto em um comércio.

A dona de casa Maria Idalina Martins, 58, afirma conhecer Lima desde quando era criança e que nunca observou nenhuma atitude agressiva dele. "Não tem como pensar em algo diferente de fatalidade. Eles se davam muito bem, é um rapaz bom, dava a vida pelas pessoas", relata emocionada.

Ilza foi encaminhada ao Instituto Médico Legal de Guarulhos para passar pela autópsia, mas o corpo não havia sido liberado até o fechamento desta edição por falta de legista.


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