Os policiais militares Mário Soares de Campos e Júlio Baraúna da Silva foram absolvidos da acusação de envolvimento na fuga de um preso. Há duas semanas, a votação unânime de três desembargadores da 5ª Câmara de Direito Criminal, do Tribunal de Justiça de São Paulo, confirmou a decisão de primeira instância da Justiça de Guarulhos.
O preso Carlos Augusto de Souza fugiu depois de ser ouvido na 3ª Vara Criminal, em junho de 2008. Na ocasião, Campos era segundo sargento e comandante do policiamento do Fórum Central de Guarulhos. Diante de um juiz, o fugitivo recapturado afirmou que teria conseguido fugir com o auxílio de um sargento.
Como Campos era o único sargento da época, ficou em reclusão por três meses no presídio militar Romão Gomes, em São Paulo, até que – no decorrer do processo – o preso apresentou outra versão. "Souza se retratou, porque estava com a consciência pesada por acusar um homem inocente e desmentiu minha participação na fuga", declara Campos.
Depois da retratação do preso, o sargento voltou a trabalhar na 1ª Cia do 15º Batalhão na função administrativa, porque – enquanto a sentença não fosse determinada – ele não poderia exercer atividades militares na rua.
Promovido para primeiro sargento, Campos desempenha há um mês a função de enfermeiro no CPAM-7 (Comando de Policiamento Metropolitano), onde a Saúde Militar realiza um trabalho de medicina preventiva para todos os funcionários de policiamento ostensivo de Guarulhos e cidades adjacentes.
"Sirvo uma corporação edificada em uma rocha, que o ser humano não sabe dizer o tamanho. Essa rocha só pode ser abalada com a permissão de Deus. Sinto orgulho em sustentar a farda militar que uso, servindo a comunidade paulista e zelando não só hoje, mas como sempre zelei, desde o dia do juramento, em maio de 1990", comenta o primeiro sargento da PM.