Mesmo sem registrar nenhum caso no primeiro semestre, a cidade conta com 36 crianças e adolescentes portadoras do vírus HIV. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a ausência de novos casos em 2011 se deve ao acompanhamento que as mães, soropositivas, recebem durante a gravidez.
Além das 36 crianças e adolescentes, entre um a 18 anos, que são portadoras do vírus da Aids, outras 168 recebem assistência preventiva, por serem filhos de mães portadoras do HIV, mas que não nasceram com o vírus.
Guarulhos segue as diretrizes do Ministério da Saúde, buscando a eliminação da transmissão vertical do vírus (da mãe para o bebê). As gestantes com HIV recebem as orientações na maternidade e nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde realizam o pré-natal. A partir da 14ª d semana de gravidez, ela inicia uma profilaxia medicamentosa para prevenir a transmissão do vírus. No momento do parto é administrada medicação específica e, após o nascimento, o bebê inicia a terapia preventiva com remédios e acompanhamento no Ambulatório da Criança.
No local existe um serviço de atendimento especializado com assistência de uma equipe multidisciplinar composta por psicólogo, assistente social, farmacêutico, enfermeiro e médico infectologista. A unidade oferece, também, suplementos alimentares para aquelas que possuem risco de desnutrição, fornecendo uma fórmula láctea, em substituição ao leite materno para as crianças de 0 a 12 meses de vida, uma vez em que as mães com HIV não podem amamentar. Para os demais, com faixa etária até 18 anos, são fornecidos dois quilos de leite integral por mês. No primeiro semestre deste ano, o ambulatório distribuiu 1.650 latas da fórmula láctea e 348 latas de leite integral.
No começo desta semana, o Ministério da Saúde informou que Sistema Único de Saúde (SUS) passará a fornecer o antirretroviral (ARV) exclusivo para o tratamento de crianças soropositivas .