Os 36 clubes que participam da primeira e segunda divisões do Campeonato Alemão aprovaram nesta terça-feira o plano apresentado pela empresa que organiza as competições, a Liga de Futebol Alemã (DFL, na sigla em alemão), para possibilitar o retorno do público aos estádios já no dia 18 de setembro, quando a temporada 2020/2021 será iniciada.
O sinal verde para isso, no entanto, não garante que haverá torcedores nos primeiros jogos da próxima temporada, já que a autorização depende das autoridades regionais e do governo da Alemanha, diante da evolução da pandemia do novo coronavírus, que provoca a covid-19.
O presidente-executivo da DFL, Christian Seifert, disse que a possibilidade de torcedores nos estádios depende unicamente dos líderes políticos que dão o aval. Os ministros da Saúde de cada Estado alemão devem se reunir na próxima semana. "Quando e quantos espectadores serão autorizados a entrar nos estádios não é uma decisão da DFL. Nós não esperamos nada nem exigimos nada, mas estamos preparados para isso", disse o dirigente em entrevista por videoconferência nesta terça-feira.
O plano da entidade prevê que não haverá reserva de ingressos para os visitantes, eliminação de setores onde o público pode permanecer em pé – como na famosa "Muralha Amarela" no estádio do Borussia Dortmund – e a proibição da venda de álcool nos estádios. Além disso, todas as entradas para as partidas deverão ser personalizadas e intransferíveis para que os detentores dos bilhetes possam ser identificados em caso de eventuais contágios pelo novo coronavírus.
Nesta terça-feira, o Instituto Robert Koch, referência em epidemiologia na Alemanha, divulgou que o país registrou mais 879 resultados positivos em testes para a covid-19 nas últimas 24 horas, elevando o número de casos ativos para cerca de 8,1 mil. Enquanto isso, o número de mortes passou a ser 9.156 desde o início da pandemia, oito a mais que no dia anterior.