O retorno dos preços no atacado ao terreno positivo foi breve e, em setembro, o indicador voltou a mostrar deflação, de acordo com os dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). A soja e o café voltaram a ficar mais baratos e compensaram a aceleração nos bovinos, levando o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) cair 0,18%, enquanto do IGP-DI subiu 0,02% – abaixo das projeções do mercado.
Nas matérias-primas brutas, os preços caíram 0,55% em setembro, após uma alta tímida em agosto. A soja em grão foi a grande responsável pelo movimento, desacelerando de 0,26% para -5,50%, de acordo com a FGV. Também perderam força o café em grão (12,04% para -0,27%) e a cana-de-açúcar (-0,02% para -0,38%). O minério de ferro também continua caindo, ficando 5,45% mais barato.
No sentido contrário, os bovinos foram a principal aceleração entre as matérias-primas brutas. Os preços subiram 3,99%, após alta de 1,46% em agosto. Também subiram a mandioca (-1,91% para 12,19%) e as aves (-0,45% para 2,53%), enquanto suínos se sustentaram em ritmo elevado de alta (7,71%).
Nos bens intermediários, os preços também caíram em setembro, ainda que em menor medida (-0,09%). O principal destaque foi o subgrupo suprimentos, cuja taxa passou de 1,62% para 0,49%. Também ajudou a queda de 2,09% no farelo de soja, na esteira do grão mais barato.
Nos bens finais, houve leve alta, de 0,03%, após um recuo de 0,03% em agosto. O principal responsável por este resultado foi o subgrupo bens de consumo não duráveis exceto alimentação e combustíveis, cuja taxa passou de 0,31% para 0,76%. Entre os alimentos, a batata-inglesa foi destaque, desacelerando de -16,41% para -20,28%.
O IGP-DI foi apurado entre os dias 1 e 30 de setembro. Além de ter ficado abaixo das estimativas, o resultado veio menor que o IGP-M de setembro (0,20%), mensurado entre os dias 21 de agosto e 20 do mês passado.