O diretor do departamento de Estatística e Apoio à Exportação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Herlon Brandão, afirmou neta segunda-feira, 1, que a redução da média diária de exportação em julho, de 3,5% ante o mesmo mês de 2015, se deve também aos dois dias úteis a menos registrados no mês passado. O mês de julho teve 21 dias úteis, enquanto em 2015 o mesmo mês registrou 23 dias úteis.
Ao comentar os dados da balança, Brandão ressaltou o aumento de 9% na exportação de soja em grãos no acumulado do ano, ante o mesmo período do ano passado. “Ainda há mais para exportar, mas dependemos das condições climáticas”, lembrou, antes de ressaltar que a expectativa para o ano é de exportação de 54 milhões de toneladas.
Mesmo com uma mudança no patamar do dólar, o governo continua confiante em relação a um resultado da balança comercial entre US$ 45 bilhões e 50 bilhões no ano. “Continuamos na trajetória de um possível saldo recorde para o ano e acreditamos que a taxa média de câmbio de 2016 seja maior que a de 2015”, disse Brandão.
Ele ressaltou que o governo continua acompanhando o desempenho da balança e que não tem visto motivo para mudar a previsão em função do novo patamar do dólar. “Câmbio é fator que influencia, mas demanda é um dos maiores determinantes da balança comercial. A taxa de câmbio teve num patamar acima do que foi em 2015”, lembrou.
Petróleo
O diretor ressaltou também a redução de 35% na média diária de exportação de petróleo e derivados. No acumulado do ano, o Brasil exportou US$ 6,819 bilhões, ante US$ 10,486 bilhões em 2015.
Com um saldo superavitário de US$ 28,230 bilhões entre janeiro e julho, Brandão frisou que esse resultado recorde é fruto da redução das importações e da exportações, com destaque para uma queda maior das compras externas. “Importação está extremamente ligada à atividade econômica nacional”, avaliou.