Saúde

Guarulhos opta pelo exame PCR para Covid-19 por ser mais assertivo

Análise consiste na pesquisa direta do vírus das mucosas das narinas e orofaringe e cujo resultado fica pronto entre 24 e 36 horas

Guarulhos optou pela realização do exame PCR para o diagnóstico do coronavírus (Covid-19), análise clínica que consiste na pesquisa direta do vírus das mucosas das narinas e orofaringe e cujo resultado fica pronto entre 24 e 36 horas. Com sensibilidade acima de 95%, o RT-PCR Covid é mais seguro e confiável do que o teste rápido, o qual apenas busca a imunidade da pessoa ao vírus e que, se não for coletado no tempo certo, pode resultar em falso negativo.

Por ter maior especificidade e ser mais assertivo, o PCR é o exame que efetivamente confirma o novo coronavírus. Ou seja, ainda que teste rápido resulte positivo para Covid-19 e a tomografia seja indicativa para a doença, o diagnóstico somente será fechado com o resultado do PCR, que pode ser realizado entre o terceiro e o sétimo dia do aparecimento dos sintomas. Ele identifica o material genético do vírus Sarscov 2 presente nas células das vias aéreas superiores (narinas e faringe), secreções onde ele se multiplica.

Em Guarulhos os exames de PCR estão sendo processados pela  Associação Fundo de Incentivo à Pesquisa (Afip) sem custo adicional ao município. Este laboratório, que já mantém contrato de gestão com a Prefeitura, foi recentemente credenciado pelo Instituto Adolfo Lutz para testar o novo coronavírus. A Secretaria Municipal de Saúde pediu a inclusão deste exame no contrato utilizando o saldo vigente, dentro dos mesmos valores pactuados.

Outra questão que pesou na escolha do PCR pelo município foi o fato  de que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ainda não validou a utilização dos testes rápidos para diagnóstico da Covid-19 no País. Por isso, até o momento, o Ministério da Saúde não repassou nenhum lote desses exames para os municípios.

“Optamos pelo PCR porque é um exame com quase 100% de assertividade, o que não ocorre com o teste rápido, que apresenta mais de 70% de falsos negativos. Isso faria com que tivéssemos a necessidade de repetir várias vezes o teste rápido, pois a janela imunológica é de cinco a dez dias pós-infecção para que a pessoa crie os anticorpos chamados IGM e o vírus possa ser detectado. Portanto, em caráter prático, consideramos o teste rápido muito ruim tecnicamente falando, diferente do PCR, que precisa apenas de três dias de sintomatologia para a confirmação da Covid”, explica o secretário de Saúde, José Mário Stranghetti.

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