Os juros futuros passaram a recuar na manhã desta quinta-feira, 4, em meio à desaceleração da alta do dólar ante o real, após a moeda americana ter subido mais cedo à máxima de R$ 3,9343 no mercado à vista.
Após o alívio das últimas sessões com o fortalecimento de Jair Bolsonaro (PSL) em duas pesquisas de intenção de voto, nesta quinta os juros futuros operaram em leve alta mais cedo, acompanhando a direção do dólar e o avanço dos juros dos Treasuries.
Internamente, a subida das taxas foi reação à pesquisa Ibope, que mostrou Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) com possibilidade de irem ao segundo turno numa disputa mais acirrada, segundo um operador de renda fixa.
Para o operador Luis Felipe Laudisio dos Santos, da Renascença D.T.V.M., a desaceleração decorre de uma realização de ganhos recentes, mas uma cautela prevalece antes das últimas pesquisas do primeiro turno e do debate presidencial na tevê Globo, com Bolsonaro ausente, nesta quinta à noite.
O profissional diz que o Tesouro Nacional deve testar o apetite do mercado com leilão tradicional de LTN e NTN-F.
Às 9h46, o DI para janeiro de 2020 estava em 8,14%, na mínima, após máxima em 8,21%, de 8,16% no ajuste de quarta. O DI para janeiro de 2021 estava em 9,33%, mínima, ante máxima mais cedo em 9,34%, de 9,33% no ajuste, enquanto o vencimento para janeiro de 2023 exibia 10,71%, também no piso, de máxima em 10,80% mais cedo, ante 10,73% no ajuste anterior.
Em Nova York o rendimento do T-Note 10 anos desacelerava a 3,1934, ante máxima mais cedo em 3,2284%. No câmbio, o dólar à vista renovava mínimas, a R$ 3,8833 (+0,09%).