Os juros futuros de longo prazo fecharam a sessão regular desta quarta-feira, 3, da BM&FBovespa em alta, enquanto os de curto e médio prazos ficaram perto dos ajustes anteriores. A trajetória das taxas longas, a exemplo de ontem, continuou refletindo o aumento da percepção de risco fiscal. Os demais vencimentos continuaram com oscilação restrita, uma vez que o mercado não vê disposição do Banco Central para mexer na Selic de 14,25% ao ano nos próximos meses.
O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2017 (67.915 contratos) fechou em 13,990%, ante 13,980% no último ajuste. O DI janeiro de 2018 (98.485 contratos) encerrou em 12,83%, na mínima, de 12,82% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2021 (139.365 contratos) também fechou na mínima, a 12,08%, ante 12,05%.
Houve uma pressão maior de alta pela manhã, mas à tarde, com o dólar ampliando a queda e a melhora do cenário externo, as taxas longas desaceleraram o avanço para encerrar nas mínimas. O tom geral da sessão, contudo, foi de cautela com o noticiário da área fiscal. O governo não conseguiu votar ontem na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos gastos, item fundamental no plano econômico do governo, por causa de um pedido de vista por duas sessões. Com isso, a análise da admissibilidade fica para a próxima semana.
Além disso, a CCJ, mas do Senado, aprovou hoje aumento do subsídio dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em R$ 5.530 mensais em janeiro de 2017. O projeto de lei ainda precisa passar pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) antes de seguir ao plenário da Casa.