A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) elevou sua produção de petróleo em setembro. Além disso, o avanço na oferta da Rússia compensou o recuo do Irã, antes de entrar em vigor em novembro as sanções americanas contra o setor do país persa. Em seu relatório mensal, a Opep diz que sua produção avançou 132 mil barris por dia (bpd) em setembro, para 32,76 milhões de barris por dia.
A produção da Rússia, o maior aliado do cartel de produtores, cresceu 150 mil bpd em setembro, para o novo recorde após o fim da União Soviética de 11,54 milhões de bpd, disse a Opep em relatório. A do Irã, membro do cartel, recuou 150 mil no mesmo mês, para 3,45 milhões de bpd.
O relatório é divulgado semanas antes de 4 de novembro, quando entram em vigor as sanções dos EUA contra o setor de petróleo iraniano. O governo do presidente americano, Donald Trump, quer impedir que outras nações comprem petróleo do país, após Washington abandonar o acordo internacional para conter o programa nuclear iraniano, o que abriu o caminho para a volta das sanções.
O recuo na produção do Irã tem apoiado o preço do petróleo nos últimos meses. Investidores especulam se a Opep e seus aliados poderão atender à demanda, tanto por suas próprias decisões quanto pela menor capacidade ociosa disponível.
Após a Opep e seus parceiros, liderados pela Rússia, decidirem no mês passado continuar a elevar gradualmente a produção, os preços ganharam força.
A Opep afirma que a oferta global total de petróleo teve alta de 230 mil bpd em setembro, para 99 milhões de bpd. O cartel ainda reduziu suas projeções para crescimento na demanda neste ano e no próximo, em 80 mil bpd e 50 mil bpd, respectivamente. As revisões foram resultados sobretudo de crescimento econômico mais modesto em países industrializados europeus e asiáticos, bem como em mercados emergentes na América Latina e no Oriente Médio, disse a Opep. Fonte: Dow Jones Newswires.