Saúde

Butantã adia divulgação de eficácia da Coronavac

Governador quer registro chinês da Coronavac para pressionar autorização da Anvisa

O governador de São Paulo, João Doria, quer a aprovação da Coronavac ainda em 2020. Para tanto, o Estado adiou a divulgação do estudo da fase 3 dos testes com a vacina e deve esperar até o dia 23 para apresentar o ensaio completo à Anvisa.

Outra estratégia de Doria é pedir o registro do imunizante à NMPA (Administração Nacional de Produtos Médicos), uma espécie de Anvisa chinesa. Com a aprovação, em tese, o órgão brasileiro se sentiria pressionado a liberar a Coronavac. A atual legislação, aprovada em fevereiro, obriga a agência analisar em até 72 horas qualquer fármaco contra a Covid-19 aprovado por vigilâncias americana, europeia, japonesa ou chinesa.

O número de contaminados durante o estudo da fase 3 chegou a 170, mais do que os 154 necessários para que a pesquisa seja considerada completa. Se a Coronavac tiver 50% de cobertura, já pode ser usada, segundo as regras da Anvisa. Entretanto, os pesquisadores do Butantan almejam índices semelhantes aos alcançados pela chinesa Sinopharm, que chegaram a 86% de eficácia nos Emirados Árabes.

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