Guarulhos vive o reflexo da falta de responsabilidade das pessoas que ignoraram os alertas das autoridades e promoveram ou participaram de aglomerações durantes as festas de Natal e Revéillon, contribuindo para o crescimento no número de casos e mortes por Covid-19 na cidade. Nesta quinta-feira, dia 14, a média móvel de óbitos em decorrência da doença no município subiu para 4,86 por dia, número 70% maior que o registrado no último dia do ano passado. No mesmo período, os casos confirmados cresceram 56,2%, passando de 105 para 164 ao dia. Os dados constam do relatório diário divulgado pelo Seade, que apresenta números apurados pelo Governo do Estado.
Nestas duas últimas semanas, estes números se traduziram no grande aumento na ocupação nos leitos de enfermaria e de UTI utilizados por pacientes contaminados com coronavírus em Guarulhos. A taxa chegou a bater em 96% na primeira semana de janeiro. Nesta quinta-feira, estava em 83,8% depois de dias seguidos acima de 90%. Mesmo assim, a diminuição da taxa de ocupação se deve a ação da Prefeitura, que contratou 29 leitos (20 de UTI e 9 de enfermaria) junto à iniciativa privada, e do Governo do Estado, que colocou 19 a mais (9 UTI e 10 enfermarias) no Complexo Hospitalar Padre Bento.
Apesar do aumento nas taxas de Guarulhos, a cidade ainda consegue ter índices melhores que outros grandes municípios do Estado. Ainda segundo dados do Seade, Guarulhos registou 4,1 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. Na Capital, são 6 mortes para cada 100 mil, enquanto em Campinas é de 5,5 e em São Bernardo do Campo, assustadoras 9,9 óbitos para cada grupo de 100 mil.
Já em casos, Guarulhos registrou nestes 14 dias a média de 139,3 a cada 100 mil habitantes, contra 244,2 da Capital, 295,4 de Campinas e 185,9 de São Bernardo.