Economia

Payroll forte impulsiona dólar ante rivais ao prenunciar Fed convicto em aperto

Os fortíssimos dados de emprego nos Estados Unidos trazidos pelo relatório de empregos (payroll) do país deram impulso ao dólar ante outras moedas fortes, alimentando a convicção de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) insistirá no atual ritmo de aperto monetário para conter a inflação em uma economia cada vez mais aquecida, num processo de enxugamento da liquidez que tende a apreciar a moeda americana.

Perto do horário de fechamento das bolsas em Nova York, o dólar subia para 113,20 ienes, enquanto o euro caía para US$ 1,1396 e a libra recuava para US$ 1,2970. O índice DXY, que mede a moeda americana contra uma cesta de outras seis divisas fortes, fechou em alta de 0,28%, aos 96,542 pontos.

O mercado de trabalho dos EUA voltou a mostrar força nesta sexta-feira. Em outubro, foram criados 250 mil novos empregos no país, enquanto os salários médios por gora subiram 3,1% na comparação com igual mês de 2017. Já a taxa de participação da força de trabalho avançou 0,2 ponto porcentual na comparação com setembro, para 62,9%. A taxa de desemprego permaneceu inalterada em outubro em relação ao mês anterior, em 3,7%. Houve ganhos de empregos em todos os setores do mercado de trabalho observados pelo Departamento do Trabalho, da área de saúde à de manufaturas, da de construção às de transportes e armazenamento em depósitos.

“Ao longo dos últimos 12 meses, temos o maior aumento em salários médios por hora desde 2009”, afirmou em comunicado o secretário do Trabalho americano, Alexander Acosta. As cifras foram especialmente comemoradas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que as chamou de “incríveis” em sua conta no Twitter, por se referirem a um mês em que os EUA foram atingidos pelos furacões Florence e Michael.

“O pleno emprego está sendo cada vez mais refletido no aumento dos salários. Com o mais forte ganho salarial no atual ciclo econômico, o Fed provavelmente manterá seu curso de altas graduais nas taxas de juros”, afirmaram, em nota a clientes, os economistas do banco alemão Commerzbank.

Posso ajudar?