Após a forte retração de segunda-feira, 30, o pregão desta terça-feira, 31, da Bovespa tende ao ajuste em um leve movimento de alta. Segundo o analista-chefe de uma corretora, pode haver uma volta com o índice circundando 0,5%.
“O resto, se vai acelerar para cima ou virar para baixo, vai depender dos acontecimentos do dia de hoje”, afirma ele, que está atento ao que o empresário Eike Batista, preso na segunda, pode falar em seu depoimento da Polícia Federal marcado para às 15 horas desta terça.
Ele chama a atenção para o volume de negócios. Diz que a queda de 2,62% se deu com um giro de R$ 5,7 bilhões, considerado baixo para a média de R$ 7 bilhões que está sendo vista neste início de ano. “Ontem houve maior aversão ao risco e o fluxo maior de estrangeiros não veio.”
Por volta das 10h20, o Ibovespa renovava máximas aos 64.565,50 pontos, em alta de 0,41%.
O contraponto ao desempenho mais positivo fica por conta das blue chips e do mau-humor externo. Sem referência de preço do minério de ferro por causa do feriado chinês, os papéis da Vale ainda podem cair nesta terça, mesmo depois do forte recuo da véspera, segundo um operador que lembra que a alta acumulada ainda é de 30%.
Para os consultores da LCA, existe cautela pelas incertezas quanto aos efeitos nos preços de ativos por causa das políticas do presidente norte-americano Donald Trump. Na agenda dos Estados Unidos, será sabida a evolução da confiança do consumidor em janeiro.
Na agenda doméstica, a divulgação da taxa de desemprego pelo IBGE deve se destacar juntamente com a apresentação das contas públicas de União, Estados e municípios pelo Banco Central.