O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, registrou alta de 1,28% em dezembro, informou nesta terça-feira, 31, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de novembro foi revisada de uma alta de 0,78% para 0,80%.
O IPP mede a evolução dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e fretes, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação. Com o resultado anunciado há pouco, o IPP de indústrias de transformação e extrativa acumulou aumento de 1,71% no ano de 2016.
Considerando apenas a indústria extrativa, houve avanço de 19,55% nos preços em dezembro, após alta de 2,20% em novembro. Já a indústria de transformação registrou aumento de 0,70% no IPP de dezembro, ante alta de 0,76% em novembro.
Maiores pressões
Foram justamente os aumentos de preços nas indústrias extrativas, refino de petróleo e metalurgia que puxaram a aceleração na inflação da indústria na passagem de novembro para dezembro de 2016. Entre as 24 atividades pesquisadas, 18 apresentaram reajustes de preços na porta de fábrica. As quatro maiores altas foram das indústrias extrativas (19,55%), refino de petróleo e produtos de álcool (2,53%), metalurgia (2,20%) e fumo (1,81%).
Já as maiores contribuições para a formação do IPP partiram das indústrias extrativas (0,60 ponto porcentual), refino de petróleo e produtos de álcool (0,25 ponto porcentual), metalurgia (0,16 ponto porcentual) e veículos automotores (0,06 ponto porcentual).
Entre as categorias de uso, os bens de capital ficaram 0,05% mais caros (impacto nulo no IPP do mês); bens intermediários subiram 1,92% (1,06 ponto porcentual de impacto); bens de consumo aumentaram 0,60% (0,22 ponto porcentual de contribuição), sendo que bens de consumo duráveis subiram 0,56% (0,05 ponto porcentual) e bens de consumo semiduráveis e não duráveis cresceram 0,62% (0,17 ponto porcentual).
2016
Os preços dos produtos das indústrias extrativas saltaram 34,7% em 2016, o maior avanço entre as atividades pesquisadas no ano. O recuo de 12,36% nos preços do setor de outros produtos químicos ajudou a conter a inflação da indústria, informou o IBGE.
Entre as maiores altas em 2016 estiveram ainda as atividades de impressão (9,54%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (9,37%), alimentos (8,82%), metalurgia (6,25%) e farmacêutica (6,19%). Na direção oposta, além dos químicos, as quedas de preços mais acentuadas foram em outros equipamentos de transportes (-8,40%), minerais não metálicos (-7,38%), fumo (-6,81%), papel e celulose (-6,05%), couro (-5,44%) e madeira (-4,53%). Todos os setores têm em comum acentuada influência do dólar ou impacto de cotações no mercado internacional.
As maiores contribuições para o resultado geral do IPP no ano foram de alimentos (com uma contribuição de 1,77 ponto porcentual), indústrias extrativas (0,95 ponto porcentual) e metalurgia (0,44 ponto porcentual). O setor de outros produtos químicos foi o que mais impactou negativamente o indicador: -1,32 ponto porcentual.