Economia

Mercado de juros digere Fed e taxas caem à espera de noticiário político

O mercado de juros continua digerindo no início da sessão desta quinta-feira, 2, a decisão do Federal Reserve no fim da tarde da véspera, dia 1º. O banco central norte-americano seguiu o script e não trouxe muitas novidades na sua comunicação, contrariando as expectativas de uma pequena parte dos analistas que acreditava na possibilidade de um tom mais “hawkish”. Assim, as taxas futuras devem abrir em leve queda, seguindo o comportamento dos Treasuries.

Às 9h25 desta quinta, o DI para janeiro de 2018 projetava taxa de 10,89%, mesmo nível do ajuste de quarta-feira. O contrato para janeiro de 2019 indicava 10,34%, de 10,35% na véspera. O vencimento para janeiro de 2020 mostrava 10,47%, ante 10,49%. Nos vértices mais longos, o DI para janeiro de 2021 apontava 10,62%, de 10,67%; e o janeiro 2023 estava em 10,88%, de 10,93%.

Na quarta-feira, o Fed manteve sua política monetária inalterada e afirmou que o crescimento econômico segue moderado no país, enquanto as expectativas de inflação devem atingir a meta de 2% no médio prazo.

O comunicado continuou a sinalizar que o aperto dos juros deverá ser gradual, mas não trouxe pistas sobre quando ocorrerá a próxima alta. O documento apontou que os riscos de curto prazo para a perspectiva econômica estão “equilibrados”. O BC norte-americano prevê ainda que o mercado de trabalho se fortaleça um pouco mais, com geração “sólida” de empregos.

Internamente, os investidores aguardam a eleição na Câmara dos Deputados – o favorito é o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) – e a escolha do novo relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), que deve ser escolhido por sorteio entre os membros da 2ª Turma.

Além disso, o Tesouro faz leilão de LTN e NTN-F, às 11h30. Mais cedo, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) informou que seu índice de preços de alimentos subiu para 173,8 pontos em janeiro, o maior nível em quase dois anos.

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