O aumento nos gastos com educação pressionou a inflação ao consumidor no Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de janeiro, informou nesta terça-feira, 7, a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O Índice de Preços ao Consumidor – Disponibilidade Interna (IPC-DI) teve elevação de 0,69% no mês ante alta de 0,33% em dezembro. Quatro das oito classes de despesas tiveram taxas de variação maiores, com destaque para o grupo Educação, Leitura e Recreação, que saiu de 0,95% em dezembro para 4,15% em janeiro. No mesmo período, o item cursos formais passou de estabilidade (0,00%) para alta de 9,80%.
Os demais grupos que exerceram pressão maior em janeiro foram Habitação (que passou de -0,67% para 0,29%), Transportes (de 0,78% para 0,82%) e Comunicação (de 0,25% para 0,47%). Os destaques partiram dos itens tarifa de eletricidade residencial (de -5,87% para -0,54%), tarifa de ônibus urbano (de 0,04% para 2,69%) e tarifa de telefone móvel (de 0,03% para 1,18%), respectivamente.
Na direção oposta, houve taxas menores no último mês em Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,71% para 0,35%), Vestuário (de 0,73% para -0,27%), Despesas Diversas (de 1,50% para 0,39%) e Alimentação (de 0,44% para 0,39%), sob influência de itens como artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,94% para -0,53%), roupas (de 0,95% para -0,64%), cigarros (de 3,31% para 0,00%) e frutas (de 4,06% para 2,59%).
O núcleo do IPC-DI registrou taxa de 0,32% em janeiro ante elevação de 0,46% em dezembro. Dos 85 itens componentes do IPC-DI, 38 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, foi de 58,88% em janeiro, ante 64,20% no mês de dezembro.